terça-feira, 15 de agosto de 2017

CAXIAS DO MARANHÃO

1º de agosto adesão à Independência do Brasil

Proclamada a Independência do Brasil no dia 07.09.1822, no país não reinou a calma. Nos estados da Bahia e Maranhão, as lutas, contra a nossa Independência, foram mais sangrenta. O Maranhão só vem aderir à causa da nossa Independência, em 28 de julho de 1823, e Caxias é o último foco de resistência.
Segundo o historiador caxiense César Augusto Marques, a Vila de Caxias aderiu à causa da Independência da seguinte forma:
A junta provisória do governo do Ceará, desejando favorecer as intenções dos habitantes do Piauí, que ambicionavam a sua independência, deliberou expedicionar para essa província o governador das Armas José Pereira Filgueiras e o membro mais votado Tristão Gonçalves Pereira Alencar Araripe, para que promovesse o bom êxito do tal projeto.
Pondo-se em marcha os expedicionários a 30 de março de 1823, recebeu o dito governador, a carta imperial de 16 de abril do mesmo ano, autorizando-o a reunir toda a força para proclamar a Independência do Maranhão.
Apresentou-se a junta em frente de Caxias com perto de 6000 homens, e depois de longas fadigas e privações, no dia 31 de julho do dito ano celebrou-se uma honrosa convenção em sessão extraordinária da Câmara Municipal, reunida na então capela de Nossa Senhora dos Remédios, tendo a ela comparecida: o clero, nobreza, o povo, e os sitiantes comandados entre outros pelo major Salvador Cardoso de Oliveira e João da Costa Alecrim e o sitiados sob o comando do major português João José da Cunha Fidié.
No dia seguinte: 1º de agosto/1823, as tropas independentes entraram em Caxias e no dia 06 procedeu-se à eleição para vereadores tendo sido eleitos: Francisco Henrique Wilk, capitão Clemente José da Costa, José Isidoro Viana, Francisco Joaquim de Carvalho, João Ribeiro de Vasconcelos Pessoa e José Maria César Brandão.
Na realidade, a bravura do povo caxiense foi, é, e sempre será uma característica marcante nas conquistas de uma cidadania livre e soberana.
Em verdade, no ano de 1822, quando ocorreu, simbolicamente, o "Grito da Independência do Brasil", a Vila de Caxias era habitada, predominantemente, por uma população lusitana. A classe hegemônica constituída de portugueses, exercia a dominação ao comércio, à igreja e à educação no lugar. E, portanto, assim, não queria contrariar os interesses da Coroa de Portugal à qual tínhamos o jugo de subordinação política.
Mas, somente quase um ano depois, precisamente, em 1º de agosto de 1823, o povo caxiense livrou-se do domínio português e a aderiu à Independência para se tornar soberano e patriota, também, à cidadania brasileira. A Vila de Caxias tornava-se, também, livre do cunho de estado colonial e se constituía em um próspero centro comercial e soberano da nova Província do Maranhão.
Séculos se passaram, e o povo desta terra de bravos cidadãos é, atualmente, um torrão liberto e ávido aos anseios de seu destino.
Portanto, na data de 1º de Agosto, há parabéns para Caxias pela bravura, encanto e beleza desta terra eternizada em dois dos principais símbolos nacionais: o Hino Nacional Brasileiro com os versos do poema "Canção do Exílio", de Gonçalves Dias; "nossos bosques têm mais vida/nossa vida mais amores" e a Bandeira Nacional Brasileira, idealizada pelo positivista caxiense, Raimundo Teixeira Mendes, e, também, autor da insígnia "Ordem e Progresso", extraída do Lema positivista escrito por ele e que diz: "O povo brasileiro, assim como a maioria dos povos ocidentais, acha-se, vivamente, solicitado por duas necessidades: ambas imperiosas e que se resumem em duas palavras: Ordem e Progresso".

Pesquisa: César Augusto Marques - Dicionário Histórico e Geográfico do Maranhão; Coutinho, Milson - Caxias das Aldeias Altas.
Wybson Carvalho é poeta e membro da Academia Caxiense de Letras.

Fonte: Direto da Redação. (http://www.noca.com.br/materia.asp?notcod=18963 - acessado em: 01/08/2017)

NOCA - O portal da credibilidade! NOCA.COM.BR

Nenhum comentário:

Postar um comentário